Guaidó, Brasil e Colômbia pedem que Venezuela aceite ajuda externa

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e o presidente da Colômbia, Iván Duque, defenderam na manhã deste sábado (23) que a Venezuela aceite ajuda externa. Depois de pronunciamento conjunto na cidade de Cúcuta, na Colômbia, Guaidó partiu em direção ao país acompanhando comboio com mantimentos para tentar furar o bloqueio de Maduro.

Os dez caminhões na fronteira com a Colômbia se preparam para deixar a cidade em direção à Venezuela.

A oposição marcou para este sábado o dia ‘D’ para recebimento de doações de outros países, mas esse apoio é rejeitado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Há protestos acontecendo nas fronteiras entre o Brasil e a Venezuela e entre a Colômbia e a Venezuela — onde há pelo menos um ferido. O governo venezuelano fechou as fronteiras com os países nesta quinta (21) e sexta (22).

Guaidó fez pronunciamento na manhã deste sábado (23), na cidade de Cúcuta, na Colômbia, fronteira com a Venezuela. — Foto: REUTERS/Marco BelloGuaidó fez pronunciamento na manhã deste sábado (23), na cidade de Cúcuta, na Colômbia, fronteira com a Venezuela. — Foto: REUTERS/Marco Bello

Guaidó fez pronunciamento na manhã deste sábado (23), na cidade de Cúcuta, na Colômbia, fronteira com a Venezuela. —

Estamos recolhendo toneladas de ajuda humanitária, em uma ação que busca salvar vidas. É um chamado pacífico, mas firme, para garantir o avanço da ajuda humanitária até a Venezuela”, declarou Guaidó no pronunciamento em conjunto com o presidente da Colômbia, feito nesta manhã na cidade de Cúcuta, fronteira da Colômbia com o país vizinho.

“Essa negativa já representou uma violação sistemática das condições mínimas de vida do povo venezuelano. Hoje está sendo realizado um exercício multilateral de caráter pacífico e humanitário”, afirmou Duque.

O presidente da Colômbia, Ivan Duque, discursou ao lado de Guaidó na manhã deste sábado (23), na fronteira entre o país e a Venezuela. — Foto: REUTERS/Luisa GonzalezO presidente da Colômbia, Ivan Duque, discursou ao lado de Guaidó na manhã deste sábado (23), na fronteira entre o país e a Venezuela. — Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez

O presidente da Colômbia, Ivan Duque, discursou ao lado de Guaidó na manhã deste sábado (23), na fronteira entre o país e a Venezuela. — Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez

Guaidó e Duque fizeram, ainda, um apelo aos militares venezuelanos para que ficassem “do lado certo da história”.

Mais cedo, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, também pediu às forças armadas do país que abram as fronteiras com o Brasil para permitir o ingresso de caminhões com alimentos e medicamentos doados pelos governos brasileiro e norte-americano para cidadãos venezuelanos.

“Nosso compromisso é estar aqui para acompanhar a chegada de ajuda e fazer, mais uma vez, esse apelo que estamos fazendo pela abertura da fronteira e pelo ingresso da ajuda humanitária”, disse o chanceler.

Os caminhões deixaram a capital de Roraima às 6h50 escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O primeiro veículo de carga com ajuda humanitária chegou a Pacaraima no final da manhã. O segundo caminhão teve um pneu furado durante o trajeto e atrasou.

Primeiro caminhão com ajuda humanitária do Brasil chega à Pacaraima, na fronteira com a Venezuela — Foto: Alan Chaves/G1 RoraimaPrimeiro caminhão com ajuda humanitária do Brasil chega à Pacaraima, na fronteira com a Venezuela — Foto: Alan Chaves/G1 Roraima

Primeiro caminhão com ajuda humanitária do Brasil chega à Pacaraima, na fronteira com a Venezuela — Foto: Alan Chaves/G1 Roraima