Ministério da Saúde distribuiu 1,3 milhão de testes rápidos contra o vírus da zika e promete enviar mais 2,2 milhões até o final deste ano. Nesta segunda-feira, a pasta incluiu o produto para diagnosticar zika na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. A pasta já tinha anunciado, no ano passado, a compra desses 3,5 milhões de kits do teste rápido do tipo IgM/IgG que seriam distribuídos para estados e municípios. Trata-se de um teste sorológico capaz de detectar os anticorpos contra o vírus presentes no organismo e diagnosticar a infecção mesmo depois de o vírus já ter sido eliminado. O exame leva 20 minutos para informar o resultado. Antes, o único teste disponível no SUS era o PCR, de biologia molecular. O método consiste em multiplicar a quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente. A limitação do teste molecular é que ele só é capaz de detectar a presença do vírus em um período muito curto de tempo. Os 3,5 milhões de kits de testes foram comprados do laboratório público Bahiafarma por R$ 119 milhões. O desenvolvimento do teste rápido foi resultado de uma parceria entre o governo da Bahia e a empresa Genbody Inc., da Coreia do Sul, que fez um acordo de transferência de tecnologia para a Bahiafarma. A distribuição ocorrerá, de acordo com o ministério, conforme a demanda de cada estado: leva em consideração as taxas de incidência do zika, de prevalência da microcefalia e sua proporção de nascidos vivos. O governo federal também informou que as Secretarias de Estado da Saúde (SES) são as responsáveis pelo recebimento, armazenamento e distribuição aos municípios e Unidade de Saúde que atendam ao grupo prioritário. Neste primeiro momento, os testes deverão ser feitos, prioritariamente, nas maternidades, UPAS e policlínicas.stes deverão ser feitos, prioritariamente, nas maternidades, UPAS e policlínicas.
Cientistas desenvolvem ‘peneira’ de grafeno que transforma água do mar em potável
equipe de pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, criou uma “peneira” de grafeno que consegue remover o sal da água do mar. A invenção tem o potencial de ajudar milhões de pessoas sem acesso direto a água potável. O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, como o diamante e o grafite. A peneira criada pelos cientistas é feita usando um derivado químico, o óxido de grafeno, e pode ser altamente eficiente na filtragem do sal. Ela agora será testada em comparação a membranas de dessalinização já existentes. Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação científica “Nature Nanotechnology”. Facilidade O grafeno foi descoberto em 1962, mas foi pouco estudado até ser redescoberto, isolado e caracterizado por pesquisadores da Universidade de Manchester em 2004. Ele consiste em uma camada fina de átomos de carbono organizada em uma espécie de treliça hexagonal. Suas propriedades incomuns, como sua força elástica e condutividade elétrica, o tornaram um dos metais mais promissores para futuras aplicações. Mas até o momento, era difícil e caro produzir barreiras de grafeno em escala industrial com os métodos existentes. Rahul Nair, que liderou a pesquisa, revela, no entanto, que o óxido de grafeno pode ser feito facilmente em laboratório. “Em forma de solução ou tinta, podemos aplicá-lo em um material poroso e usá-lo como membrana. Em termos de custo do material e produção em escala, ele tem mais vantagens em potencial do que o grafeno em uma camada.” “Para tornar a camada normal de grafeno permeável, é preciso fazer pequenos buracos nela, mas se esses buracos forem maiores que um nanômetro, os sais escapam por eles. Seria preciso fazer uma membrana com um buraco muito uniforme com menos de um nanômetro para que ela possa ser usada na dessalinização. É muito difícil.” As membranas feitas de óxido de grafeno provaram ser capazes de filtrar nanopartículas, moléculas orgânicas e até sais de cristais maiores. Mas até agora, elas não conseguiam ser usadas para filtrar sais comuns, que requerem peneiras ainda maiores. Trabalhos anteriores mostravam que as membranas de óxido de grafeno ficavam levemente inchadas quando imersas em água, o que permitia que sais menores passassem por seus poros juntamente com moléculas de água. Agora, Nair e seus colegas demonstraram que colocar paredes feitas de resina epóxi em cada lado da membrana de grafeno é suficiente para frear este inchaço. Isso também permitiu aos cientistas ajustar as propriedades da membrana, deixando passar mais ou menos sal, por exemplo. Promessa Até 2025, a ONU estima que 14% da população mundial enfrentará escassez de água. Enquanto os efeitos da mudança climática continuam a reduzir os reservatórios que abastecem as cidades, países mais ricos investem também em tecnologias de dessalinização como alternativa. Atualmente, usinas de dessalinização ao redor do mundo usam membranas feitas com polímeros. “Nosso próximo passo é comparar as membranas de óxido de grafeno com o material mais sofisticado disponível no mercado”, diz Rahul Nair. Mas em um artigo que companhava a pesquisa na revista Nature Nanotechnology, o cientista Ram Devanathan, do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA, disse que seria preciso mais estudo para conseguir, de fato, produzir membranas de óxido de grafeno a baixo custo e em escala industrial. Segundo ele, a equipe britânica ainda precisa demonstrar a durabilidade da membrana durante o contato prolongado com a água do mar e garantir que ela é resistente ao acúmulo de sais e de material biológico – o fenômeno requer que as barreiras de dessalinização existentes hoje sejam limpas ou substituídas periodicamente.
Nível do Rio Paraguai Hoje segunda 03 04
Foto: Hildebrando Procópio Dados referentes a leitura da régua do Rio Paraguai na cidade de Porto Murtinho-MS em 03ABR2017. Altura do Rio: 3,22m Variação: Estacionado Horário da leitura: 06h00