Rússia anunciou nesta sexta-feira (7) que irá reforçar as defesas antiaéreas do exército sírio após os bombardeios americanos contra uma base aérea de Al-Shayrat de onde partiu, segundo Donald Trump, um ataque químico que deixou mais de 80 mortos, segundo a France Presse.
Na noite de quinta-feira (6), os Estados Unidos lançaram 59 mísseisTomahawk contra a base aérea, o que mostra uma mudança significativa na ação americana na região. Até então, os EUA apenas vinham atacando o Estado Islâmico. O ataque, que foi a primeira ação direta dos EUA contra o presidente sírio, Bashar Al-Assad, deixou vítimas. As agências internacionais apontam entre quatro e nove mortos.
“Com o objetivo de proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis, vamos adotar uma série de medidas o mais rápido possível para reforçar e melhorar a eficácia do sistema de defesa antiaérea das Forças Armadas sírias”, declarou o porta-voz do exército russo, Igor Konachenkov.
Em comunicado divulgado pelo Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, que a ação americana é uma “agressão contra um Estado soberano”, baseado em “pretextos inventados”. O líder russo “vê nos ataques uma tentativa por parte dos EUA de desviar a atenção da comunidade internacional das muitas vítimas entre a população civil no Iraque”, onde tropas americanas lideram uma operação militar contra o Estado Islâmico”.
Trump responsabiliza o presidente sírio, Bashar al-Assad, pelo ataque com armas químicas e pediu o apoio de países aliados. “Pedi a todas as nações civilizadas que se unissem a nós, buscando acabar com o massacre e o derramamento de sangue na Síria. Anos de tentativas anteriores de mudar o comportamento de Assad falharam, e falharam muito dramaticamente”, afirmou Trump.