Força-tarefa composta pela Prefeitura de Campo Grande vai vistoriar por dois meses os beneficiários do Bolsa Família na Capital, a pedido do Ministério Público, que apontou fraudes no programa. São 26.107 mil pessoas cadastradas na cidade, ao custo mensal de R$ 3.825.424 milhões.
A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o pedido do Ministério Público faz parte a ação do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), que realizou cruzamento de dados do Programa Bolsa Família no em 2016 e encontrou inconsistências nas informações de diversos cadastros.
No ano passado, um pente-fino realizado a partir de um cruzamento de dados do governo federal com a Prefeitura de Campo Grande levou o Ministério Público Federal a listar 5.232 pessoas em suposta situação irregular. Houve a confirmação de irregularidade em 192 casos, e 50 pessoas já tiveram o Bolsa Família bloqueado. Para se ter ideia, até funcionários públicos foram flagrados se beneficiando do programa.
Os trabalhos se iniciaram no dia 30 de março de 2017, com previsão de término em 60 dias. No momento estão sendo realizados mutirões pelas equipes, tendo como objetivo cumprir o que foi designado pelo Ministério Público, bem como manter atualizado os cadastros dessas famílias beneficiarias fazendo visitas domiciliares.
As estratégias desenvolvidas foram: filtro da lista para endereçamento; equipes distribuídas por regiões; confecção de relatório padrão; reunião de coordenadores das unidades da proteção Social Básica para definir os servidores que serão remanejados para compor a equipe técnica; treinamento da equipe técnica e agente cadastrador; parcerias com todas as superintendências e 15 equipes que se concentrarão na Superintendência e Gerência de Gestão do Cadastro Único.
Superintendente da Proteção Social Básica, Inês Mongenot, explica a importância da ação. “Considerando ser o Programa Bolsa Família um programa social de transferência direta de renda direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, espera-se que com essa ação para tratamento das inconsistências cadastrais, qualifique-se os dados e amplie o acesso do programa para famílias com o perfil do programa, atendendo realmente a parcela mais vulnerável de famílias de Campo Grande”, diz.
Anny Malagolini