Depois de passar a ressaca do Carnaval, será a vez de os partidos colocarem os blocos nas ruas para iniciar as definições políticas em Mato Grosso do Sul, visando as eleições do dia 7 de outubro deste ano.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pode anunciar a decisão de concorrer à reeleição depois de ouvir os aliados, enquanto o ex-governador André Puccinelli (MDB) espera fechar, até o fim do mês, acordos com partidos para formação de aliança.
Como o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) vetou aliança com partidos que tenham dirigentes denunciados ou investigados, sobrará apenas os nanicos para subirem ao palanque. Isso porque todas as grandes legendas estão com seus líderes respondendo a ações na Justiça ou investigados.
O presidente regional do PDT, João Leite Schimidt, está conduzindo pessoalmente as negociações políticas com a devida cautela, para não envolver partidos com dirigentes enrolados na Justiça. Mas se dependesse exclusivamente de Schimidt, ele não vetaria nenhuma legenda na coligação. O problema é a imposição de Odilon de não ter ao seu lado os processados, denunciados e investigados.
Por outro lado, MDB não recusará apoio de partidos. André, na condição de pré-candidato a governador e presidente regional da legenda, está se reunindo diariamente com lideranças partidárias para tratar do processo eleitoral. A intenção dele, a princípio, seria montar chapa pura na proporcional (deputado estadual e federal) e unir os aliados em outras chapas para tentar eleger grande bancada na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.
O PSDB não fica atrás. Mesmo o governador Reinaldo Azambuja ainda não sendo oficialmente pré-candidato à reeleição, o partido está intensificando contatos com os aliados.
*Leia reportagem, de Adilson Trindade, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.