retor da BRF André Luis Baldissera deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, por volta das 17h desta quarta-feira (29). Ele foi preso no dia 17 de março na Operação Carne Fraca.
A soltura foi autorizada pelo juiz federal Marcos Josegrei, na terça-feira (28), mediante pagamento de R$ 300 mil em fiança.
Segundo a investigação, André Luis Baldissera atuou junto ao chefe da fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que a fábrica de Mineiros (GO) não fosse interditada, depois de terem sido encontrados traços de salmonela em produtos.
O juiz considerou que as provas apresentadas pela Polícia Federal (PF) à Justiça, cujas informações embasaram a prisão preventiva, são “no mínimo, controversas”. A acusação, com base em escutas telefônicas, era de que havia salmonela em uma carga de carnes produzida na unidade de Mineiros da BRF barrada ao entrar na Itália.
Nas ligações anexadas ao autos, Baldissera refere-se à possibilidade de “perder para sempre Mineiros” e que deveria tentar fazer chegar a Europa, não mais pelo porto italiano, mas por Roterdã, na Holanda.
Como justificativa, a defesa do diretor afirmou que houve equívoco do serviço de controle europeu ao barrar a carga porque a espécie da bactéria identificada não justificaria a medida e que a conversa captada era legítima e demonstrava a infonformidade Baldissera com o fato.
Para os advogados, o diretor só queria, rapidamente, apresentar a defesa ao Mapa para “viabilizar o desembaraço no continente europeu”.