Campo Grande encerrou o ano de 2017 com inflação em 2,11%, conforme apontou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, que corresponde a uma queda de 5,41 pontos percentuais em comparação ao ano de 2016, quando a inflação fechou a 7,52%, no entanto, pode ser anulado diante de tantos aumentos nos preços dos combustíveis.
É o que estima o economista Thales de Souza Campos. De acordo com ele, essas grandes oscilações são resultado de uma política econômica desajustada.
“No Brasil, vivemos uma política de mercado livre. Por conta disso, a inflação oscila bastante, até o ponto de nos perguntarmos como que produtos essenciais como alimentação tiveram queda e outros não essenciais, alta. O fato é que a nossa política econômica está totalmente desajustada. Nós precisamos de um plano de Estado e não de governo.
De acordo com o IBGE, o grupo alimentação, que tem maior peso na inflação, fechou com deflação de 2,25%. Essa foi a sétima maior queda entre as capitais brasileiras pesquisadas.
Os principais produtos que influenciaram nesse resultado foram os cereais e oleaginosas (-23,80%), com destaque para o feijão carioca que teve deflação de 44,55%.
De um modo geral, as frutas também fecharam com queda, -21,30%, assim como os açúcares e derivados (doces), -19,44%. Os cortes de carne tiveram deflação de 3,98% no decorrer do ano. Na outra ponta, hortaliças e legumes fecharam com alta de 2,88%.