Uma fotógrafa usou as redes sociais para revelar um assédio que sofreu por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp nos últimos dias. De acordo com a santista Juliana Barros, um funcionário que prestava serviços para a empresa NET iniciou o contato com ela para resolver um problema em um aparelho de TV a cabo e, em seguida, começou a mandar mensagens com teor sexual.
O contato entre vítima e suspeito começou no fim de junho, quando ele foi até a casa de Juliana para realizar um serviço de instalação de adaptador. Como ela não possuía o aparelho no momento do atendimento, deixou seu telefone de contato com a fotógrafa para acioná-lo assim que o equipamento fosse adquirido por ela.
(Foto: Arquivo Pessoal)
“Mandei mensagem para ele, uma semana após a visita [começo de junho] avisando que não consegui encontrar o equipamento. Ele falou que ia me ajudar com um adaptador similar que ele tinha e me chamou de gata. Isso já chamou minha atenção, mas levei adiante”, disse.
Dias depois, Juliana chamou o funcionário para entregar o equipamento. A fotógrafa conta que o rapaz chegou na residência tarde da noite. Por conta do horário, ela preferiu descer e pegar o aparelho na portaria.
No dia seguinte, o funcionário chamou Juliana e intensificou o assédio, o que assustou a fotógrafa.
“Primeiramente, ele começou falando coisas muito baixas. Em seguida, disse que toda burguesa quer tomar tapa na cara e me chamou de vaca. Essas últimas mensagens foram no dia 22 de julho”, explicou a santista.
A vítima decidiu procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência. A NET entrou em contato com a vítima e disse que está apurando o caso e vai afastar o funcionário. Juliana também publicou o ocorrido na sua página no Facebook.
Com muito medo da situação, a santista disse que não pretende receber prestadores de serviços em casa tão cedo. “Eu estava com um maníaco dentro de casa. Algo tem que ser feito, pois eles podem ter a mesma atitude com outras mulheres. Decidi falar sobre o que aconteceu comigo exatamente para que outras mulheres, que sofreram com isso, tenham coragem para denunciar”, desabafa.
O G1 entrou em contato com a NET para esclarecer o assunto, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve resposta.