frigorífico JBS foi multado administrativamente em R$ 1 milhão pela Polícia Militar Ambiental (PMA) por causa do vazamento de amônia que ocorreu no último dia 6 de abril na unidade de Campo Grande. Policiais visitaram o local nesta segunda-feira (24) e verificaram que a empresa tomou as medidas adequadas no controle dos contaminantes.
A JBS informou ao G1 que está analisando o processo administrativo. A assessoria de imprensa afirmou ainda que a companhia mantém padrões e processos de segurança e que, “adicionalmente, já tomou todas as medidas adequadas no controle de contaminantes, reforçando o compromisso com o bem-estar de seus colaboradores e comunidade”.
A empresa foi notificada a sanar o vazamento da amônia e apresentar o plano de tratamento da água residual utilizada na contensão do gás de amônia. Além disso, foi dado um prazo de 24 horas para ser apresentado o relatório de controle de emissões atmosféricas e de todas as medidas de contingenciamento contra danos ambientais e à saúde dos funcionários.
O frigorífico pediu dilação do prazo para cumprimento da notificação, explicando a necessidade técnica de um tempo maior.
Depois de todas as avaliações, a PMA lavrou a multa referente à infração de poluição. Mesmo tendo sido tomadas as medidas de correção ao ambiente no local, houve danos à saúde humana, tanto que as pessoas foram atendidas em hospitais. Por este motivo, a PMA aplicou multa de R$ 1.000.000.
Cerca de 12 foram atendidas no ambulatório do frigorífico e encaminhadas para unidades de saúde. A Coordenadoria de Urgência e Emergência da prefeitura de Campo Grande afirmou que 78 funcionários passaram mal. No dia seguinte ao vazamento, a unidade voltou a funcionar normalmente.
De acordo com a PMA, o auto de infração administrativo lavrado é primeira peça do processo administrativo, que será julgado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Depois da ampla defesa da empresa autuada, o órgão julgador pode acatar, majorar, ou minorar o valor da multa aplicada.