O ex-ministro Paulo Bernardo e mais 12 pessoas viraram réus montar organização criminosa no Ministério do Planejamento, entre 2009 e 2015, informou a Justiça Federal em São Paulo nesta quinta-feira (4). Eles foram investigados durante a Operação Custo Brasil, da Polícia Federal (PF), e são acusados de fraudar um serviço de gestão de crédito consignado a funcionários públicos.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o grupo era responsável por lavagem de dinheiro e pagamento de propinas para o PT e agentes públicos e privados que superam R$ 100 milhões.
Paulo Bernardo, que foi ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma Rousseff, virou réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa.
Veja a lista dos réus:
1) Paulo Bernardo Silva (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
2) Guilherme de Salles Gonçalves (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
3) Marcelo Maran (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
4) Washington Luiz Vianna (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
5) Nelson Luiz Oliveira de Freitas (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
6) Alexandre Correa de Oliveira Romano (corrupção ativa, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
7) Pablo Alejandro Kipersmit (corrupção ativa, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
8) Valter Silvério Pereira (corrupção ativa, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
9) João Vaccari Neto (corrupção ativa, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
10) Daisson Silva Portanova (corrupção ativa, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
11) Paulo Adalberto Alves Ferreira (corrupção ativa, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa);
12) Helio Santos de Oliveira (lavagem de dinheiro);
13) Carlos Roberto Cortegoso (lavagem de dinheiro).
O G1 procurou a defesa do ex-ministro e aguardava retorno. Anteriormente, seu advogado, Rodrigo Mudrovitsch, havia informado que “Paulo Bernardo não teve qualquer envolvimento com os fatos na denúncia”.
“O acordo de cooperação técnica foi celebrado autonomamente entre a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento e as associações privadas. Não houve qualquer benefício, direto ou indireto, a Paulo Bernardo decorrente desse acordo. Acredito que isso ficará claro ao final do processo.”