A cachoeira Boca da Onça, a maior de Mato Grosso do Sul, com 156 metros, e localizada em Bodoquena, a cerca de 304 quilômetros de Campo Grande, está com baixíssimo volume de água, quase seca em alguns períodos do dia, em razão de uma estiagem prolongada em toda a região.
Segundo Ronni Gil de Queiroz, gerente de Turismo da Boca da Onça Ecotur, empresa que administra a atividade na propriedade rural onde está localizada a cachoeira, desde novembro do ano passado a escassez e a irregularidade das precipitações têm afetado não somente o atrativo, mas toda a região da Serra da Bodoquena.
Para se ter uma ideia da situação, em janeiro do ano passado, choveu na área da cachoeira cerca de 880 milímetros, enquanto que em janeiro deste ano, esse volume caiu para 340 milímetros. Além de pouca, a chuva ocorre ainda de forma irregular. As vezes chove em um ponto de fazenda e em outro está seco. Até mesmo açudes secaram”, comenta.
Queiroz diz que no período da manhã, apesar de muito reduzido o volume, a cachoeira Boca da Onça ainda verte água, mas à tarde, quando a temperatura na região aumenta, assim como a velocidade dos ventos, ela praticamente seca.
Apesar da redução do volume de água na cachoeira, o gerente de turismo explica que a visitação ao local continua a ocorrer normalmente. A carga máxima de visitantes, conforme ele, é de 200 por dia, e que nesta quarta-feira (5), por exemplo, período de baixa temporada, 45 pessoas estavam na propriedade para conhecer a estrutura.
Queiroz diz, entretanto, que houve uma inversão no fluxo do passeio pelas cachoeiras da propriedade. “Antes terminávamos o passeio descendo a Boca da Onça, agora começamos com os visitantes subindo a cachoeira, para que eles possam ver a água caindo”, comenta.
A Boca da Onça, conforme o gerente de turismo, é um dos principais atrativos de um passeio que inclui ainda visitas a outras cachoeiras, opções de trilhas e rapel.