Uma lancha blindada de rápida velocidade tornou-se a principal da Marinha do Brasil no combate ao narcotráfico, à pirataria e a crimes ambientais na região do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A embarcação começou a operar esta semana e será utilizada durante ações em conjunto com as autoridades policial, alfandegária e ambiental.
A Raptor “Mangangá ” tem nove metros de comprimento, pode atingir mais de 70 km/h, navega em regiões com profundidade mínima de 50 centímetros, é capaz de abrigar cinco militares na cabine, cuja blindagem suporta até tiros de fuzil, e pode ser equipada com metralhadoras. A lancha custou R$ 1,5 milhão e foi fabricada no Rio de Janeiro.
O Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste, com sede no cais santista, foi escolhido para receber a embarcação pelas características do porto. Além de ser o mais importante do país, com participação superior a 25% na balança comercial, ocorrências envolvendo o embarque ilícitos e impactos ambientais são comuns.
Lancha ‘Mangangá’, da Marinha do Brasil, está em operação no Porto de Santos, SP — Foto: José Claudio Pimentel/G1
“A lancha atua contra crimes transfronteiriços [contrabando, exploração sexual, evasão de divisas, crimes ambientais e tráfico de drogas, pessoas, armas e munições] em coordenação com outros órgãos. São ações específicas de zonas de fronteira”, explica o Comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Claudio Henrique Mello de Almeida.