A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira (22) a 23ª fase da Operação Lava Jato. A etapa foi chamada de Operação Acarajé, nome usado pelos suspeitos para se referir ao dinheiro desviado.
Veja tudo o que aconteceu durante o dia:
– Nova fase
Antes das 7h, os policiais federais davam início a 23ª fase da Lava Jato, com 51 mandados ao todo: 38 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Entre os mandados de prisão temporária estavam os do publicitário baiano João Santana e de sua mulher, Monica Moura.
Marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, Santana recebeu US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior, segundo a PF e o Ministério Público Federal. Investigadores suspeitam que ele foi pago com propina de contratos da Petrobras.
“Há o indicativo claro de que esses valores têm origem na corrupção da própria Petrobras. É bom deixar isso bem claro, para que não se tenha a ilusão de que estamos trabalhando com caixa 2, somente”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.
Os supostos pagamentos ilegais para conta secreta de Santana seriam provenientes da construtora Odebrecht e do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels. Suspeita-se de pagamento de serviços eleitorais ao PT.
– Prisões
Foram presos na nova fase da operação:
Zwi Skornicki, engenheiro apontado como operador do esquema
Vinícius Veiga Bori, administrador de consultoria financeira ligada à offshore da Odebrecht
Maria Lúcia Guimarães, funcionária da Odebrecht
Benedito Barbosa, diretor-presidente da Construtora Norberto Odebrecht (CNO)
Do G1, em São Paulo