Pai e filho campo-grandenses são indiciados por desvio milionário de biocombustível

A Polícia Civil de Goiás indiciou seis pessoas envolvidas em grande esquema de desvio de biocombustível que partia do Mato Grosso do Sul. Entre elas estão o empresário Celso Araldi e o filho dele, Rodrigo Franco Araldi, campo-grandenses donos da empresa Fercamp. O primeiro é declarado foragido e o segundo, como teve a participação descoberta apenas no fim das investigações, responde em liberdade. Também da Capital, Paulo Kamita, 39, está preso. Os demais indiciados são três motoristas goianos.

Segundo o delegado Wellington Lemos,  responsável pelas investigações junto ao Gepatri (Grupo Especializado de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio de Goiás), Rodrigo auxiliava o pai na administração da empresa de transportes Fercamp e no gerenciamento dos caminhões que eram fornecidos para a empresa Lutran. Esta, por sua vez, era coordenada por Kamita, e executava diretamente o desvio de biodiesel de uma cooperativa na cidade de Rio Verde (GO). A suspeita é de que tenham furtado mais de R$ 100 milhões em óleo vegetal.

Quando a operação foi deflagrada, no dia 15 de janeiro, em Campo Grande, Celso, morador no bairro Cidade Jardim, conseguiu fugir, mas Kamita foi preso no Jardim Imá. “Celso é declarado foragido, pois contra ele já havia mandado de prisão em aberto.

Quanto ao filho, Rodrigo, como ainda não foi encontrado, não podemos apontá-lo tecnicamente como foragido, até porque enviamos pedido de prisão preventiva junto à Justiça, mas  ainda não houve decisão. Celso chegou a acionar um advogado, mas não disse se vai se apresentar”, explicou o delegado, lembrando que o inquérito foi relatado na semana passada.

RENAN NUCCI