Enquanto não há abertura oficial de concurso para os órgãos de segurança publicado do Estado, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou na manhã desta segunda-feira (21) que considera convocar policias da reserva para diminuir o déficit de agentes em todo o Mato Grosso do Sul.
“Temos um grupo enorme que poderiam ser chamados para servir estas forças de segurança. Estamos terminando um estudo do impacto financeiro disso, para que possam voltar a servir a segurança”, disse Reinaldo.
Segundo ele, os primeiros reconvocados serão lotados nas cidades com maior déficit de efetivo, Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã.
O tucano revelou ainda que pretende encaminhar para a Assembleia Legislativa, já no começo de 2016, o projeto de lei que autorizará o Estado a desaponsentar os policiais.
Paliativo
Para o presidente da ACS/MS (Associação de Cabos e Soldados da Policia e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, a medida é ‘paliativa’ mas ofereceria uma boa resposta a curto prazo para a população do Estado.
“Acredito que o governador vai convocar policiais que não completaram os 30 anos (de serviço). A medida funciona porque traria para as ruas policiais já treinados, nos agrada, mas com a ressalva de que precisa contratar pelo menos a reposição anual obrigatória”, frisou Edmar.
Segundo ele, há cerca de 6,9 mil policiais militares na ativa em todo o Estado, e a inclusão na corporação, por meio de concurso público, de pelo menos 500 agentes, acompanhadas da convocação dos militares da reserva, seria benéfico para garantia da segurança da população.
O aumento do efetivo por homens da reserva significa, na avaliação, economizaria tempo na formação de policiais aptos para atividade fim. “Hoje há uma defasagem muito grande, se ele (governador) trouxesse mil (policiais) levaria próximo a um ano para formar na academia”, finaliza Edmar.