Um dos quatro homens presos pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), por envolvimento em roubo a banco em Sonora, na região norte de Mato Grosso do Sul, tinha explosivos para até seis ações semelhantes, segundo o delegado Fábio Peró. O caso foi em abril de 2016.
Com apoio de policiais do estado de Mato Grosso, os artefatos foram descobertos em uma casa em Várzea Grande (MT), dentro de um galão que estava enterrado. De acordo com a investigação, o homem armazenava os explosivos para a quadrilha e foi preso.
Foram recolhidos 51 metros de fios detonadores, cordéis detonantes e espoletas com o suspeito. Além disso, os policiais recolheram rádios transmissores, tocas e diversas bananas de dinamites de 1 kg cada.
O suspeito de 38 anos teria dado apoio ao assalto na condução de um veículo. Segundo os policiais, sete assaltantes utilizaram três automóveis para a ação em Sonora, no dia 18 de abril de 2016. O banco teve prejuízo de R$ 1 milhão a agência ficou destruída.
Os quatro presos alegam ter levado apenas R$ 500 mil. Um disse que usou o dinheiro para pagar contas. Outro teria comprado um carro que foi apreendido. O banco informou à polícia que os ladrões levaram quase R$ 800 mil. Nenhum valor foi recuperado, apenas um carro de passeio que teria sido comprado com o dinheiro do roubo. Uma caminhonete que deu apoio ao assalto também foi apreendida.
A polícia investiga a participação de outras pessoas no crime, classificado na modalidade ‘Novo Cangaço’.
Presos
Entre os quatro presos está um homem de 40 anos, que é suspeito de ceder uma caminhonete para o assalto em Sonora. Ele possui condenação pela Justiça de Mato Grosso por prática de roubo, na modalidade, ‘Novo Cangaço’, ocorrido em 2010 em Aripuã (MT).
Também foi capturado um homem de 37 anos e outro de 32 anos. Ambos teriam colaborado com o planejamento e execução do assalto, segundo a polícia. O primeiro já foi condenado por roubo, formação de quadrilha – após assalto a outra agência bancária em Campo Novo do Parecis (MT) – e posse ilegal de armas de uso restrito. Ele cumpria pena em regime semiaberto em Cuiabá. O segundo tem condenação por assalto a uma agência bancária em Nova Mutum, também no Mato Grosso, em 2009, e estava em liberdade condicional.
O quarto preso, de 38 anos, teria dado apoio ao assalto na condução de um dos veículos, transporte de assaltantes e guarda de explosivos. Foi na casa dele que os policiais encontraram os artefatos enterrados.
Além deles, estão foragidos outros três homens de 30, 35 e 32 anos. O primeiro é suspeito de participar do roubo em Sonora e já foi condenado por roubo à banco no Mato Grosso. Os outros dois teriam planejado e executado o assalto, sendo que um deles é classificado pela polícia como de ‘extrema periculosidade’ e teria praticado roubos semelhantes no Tocantins e Goiás, onde é foragido da Justiça.
As prisões ocorreram em Várzea Grande (MT) e no estado de Goiás.
Sonora
Quatro suspeitos de envolvimento no roubo a banco em Sonora foram presos pelo Garras em Mato Grosso e Goiás, segundo informou ao G1 o delegado Fábio Peró. O crime foi no dia 18 de abril de 2016 no norte de Mato Grosso do Sul, a 366 km da capital. A quadrilha usou explovisos para destruir a agência, atirou no batalhão da Polícia Militar, furou pneus das viaturas e ainda obrigou moradores a ajudarem no roubo.
Dois dos quatro presos tiveram participação direta no crime, segundo o Garras, e os outros dois deram apoio ao grupo. Além deles, outros três envolvidos já foram identificados e estão com mandados de prisão. Outros dois suspeitos são apontados como participantes.