Os primeiros médicos cubanos que chegaram ao Brasil em agosto de 2013 para participar do programa federal Mais Médicos devem deixar o país em novembro. Já estava previsto que o grupo de 2.400 profissionais teria um contrato de três anos, que se encerraria em julho.
Na sexta-feira (15) – em reunião entre o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e representantes do governo de Cuba – a permanência dos médicos no país foi prorrogada até novembro para garantir a “continuidade do atendimento à população nas cidades durante o período eleitoral e dos Jogos Olímpicos”.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, atualmente a pasta está em negociação com a Opas e com o governo de Cuba para definir o futuro da parceria.
Atualmente, existem 11.429 médicos cubanos trabalhando no país e o fim iminente do contrato se refere somente aos primeiros 2.400 profissionais que chegaram ao Brasil.
O Ministério da Saúde acrescentou que, no início do mês, desembarcaram no país 50 médicos cubanos e a previsão é que mais 500 cheguem nos próximos dias para repor vagas desocupadas. Ainda segundo a pasta, vagas desocupadas tanto por médicos brasileiros como de outras nacionalidades são repostas por chamadas trimestrais.
“A manutenção do Programa Mais Médicos está assegurada. É um compromisso do ministro da Saúde, Ricardo Barros, fortalecer a participação dos brasileiros no Mais Médicos e, enquanto houver necessidade e vagas a serem preenchidas, manter o convênio com a Opas para o provimento de médicos no país”, afirma nota divulgada pelo Ministério da Saúde.
Programa foi anunciado em julho de 2013
Além dos 11.429 médicos cubanos, o programa Mais Médicos conta com 5.274 médicos brasileiros e 1.537 médicos intercambistas, entre os quais estrangeiros e brasileiros formados no exterior.
O programa federal foi anunciado no dia 8 de julho de 2013 com o objetivo de aumentar o número de médicos atuando na rede de atenção básica do Sistema Único de Súde (SUS) em regiões carentes desses profissionais.