Procurador que “inocentou” Dilma é transferido para MS

Responsável pela Operação Bullish, o procurador Ivan Marx foi transferido para o Mato Grosso do Sul, segundo o Jornal O Globo. A investigação que começou com a Polícia Federal de Brasília, deflagrada em maio de 2017, apontou indícios de operações fraudulentas do BNDES com o frigorífico JBS. A denúncia foi apresentada por Marx em março deste ano, demonstrando prejuízo de R$ 1.862.335.933 ao banco.

Oito meses depois, ele muda de endereço. Membro da Comissão Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Ivan Marx também chegou à conclusão de que não havia crime nas pedaladas fiscais de Dilma Rousseff e denunciou ex-presidente Lula por obstrução à Justiça no caso Lava Jato. No caso de Dilma, a investigação foi reaberta e Ivan foi retirado do caso pelo MPF.

Visão policial – A decisão do Supremo Tribunal Federal determinando que condenações a regime fechado de prisão sejam cumpridas só depois de esgotados todos os recursos segue provocando polêmica, não apenas pela liberação do ex-presidente Lula.

Retrocesso – Na análise do diretor-geral da Polícia Civil de MS, Marcelo Vargas, o “grande problema” é liberar gente que os responsáveis pelos inquéritos levaram tempo para conseguir prender. “Ademais, a sensação de impunidade aumenta significativamente”, diz.

Vítima e algoz – Outro delegado ouvido pela coluna classifica como “sandice” proibir a execução da pena após as decisões de 2ª instância. Ao argumentar, citou a possibilidade de, com a demora nos andamentos de processos, é totalmente possível que a família de uma vítima seja obrigada a ouvir “bom dia” do assassino na quitanda do bairro.

E a preventiva? – De acordo com essa autoridade policial, o contra-argumento de que é possível pedir prisão preventiva e assim garantir o encarceramento não vale sempre. “Você não pede preventiva porque é injusto manter a pessoa solta, mas mediante a prova da presença dos requisitos da lei”, observa. Entre esses requisitos está ameaçar testemunha ou tentar atrapalhar o andamento de produção de provas.

Pelo Pantanal – Em resposta ao decreto de Jair Bolsonaro, que liberou plantio de cana no Pantanal, “amigos da boa causa ambiental” convocaram protesto para esta terça-feira (12). A mobilização será na rua Barão do Rio Branco, em frente ao Bar do Zé. No mesmo local, em 2005, o ambientalista Francisco Anselmo de Barros Filho, o Francelmo, ateou fogo no próprio corpo, depois de projeto enviado para Assembleia Legislativa que flexibilizava implantação de indústrias no Pantanal

Vale a leitura – Ex-presidente da OAB/MS, Leonardo Avelino Duarte, criou um personagem fictício, do Cazaquistão, para explicar a bagunça na Justiça Brasileira. Nas redes sociais, a publicação sobre a última polêmica envolvendo a prisão em 2ª instância é super didática.

Cidade grande – Empresários, jornalistas e população de Três Lagoas estão com expectativa nas alturas. Depois de muitas promessas, entrou em fase final das obras do primeiro shopping da cidade, com previsão de entrega na 2ª quinzena de dezembro e direito a Americanas, Burger King e a rede de cinemas Cinépolis.

Sortudo – Ainda em Três Lagoas, depois do registro do furto de um celular, policiais encontraram o aparelho a mais de 100 quilômetros de distância, em Santa Fé do Sul (SP). O homem que estava com o telefone contou ter comprado por R$ 600,00, em um posto de gasolina. Em nota da corporação sobre o “feito”, só não informaram quem era o dono do aparelho, que conseguiu mobilizar as polícias dos 2 estados.

Super leilão – O leilão da folha de pagamento do INSS foi melhor que o esperado. No total, 23 bancos disputaram o pagamento dos benefícios do instituto, com arrecadação de R$ 1,3 bilhão. A aposta inicial era de R$ 266 milhões. Segundo nota divulgada pelo INSS, em Mato Grosso do Sul os vencedores foi o Banco Mercantil do Brasil.