Depois de “esfriar” o discurso da reforma administrativa, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) admitiu nesta segunda-feira que apresentação de projeto com as mudanças ficará mesmo para o ano que vem.
Na semana passada, o governador disse que é cogitada apenas redução no número de secretarias. A promessa de reforma administrativa é antiga, desde que Azambuja assumiu o governo do Estado e até agora não saiu do papel.
Hoje, durante agenda pública, o governador afirmou que os estudos tanto da reforma administrativa quanto da previdenciária estão sendo finalizados ainda este mês que serão apresentados no ano que vem, na volta dos trabalhados do Legislativo.
“Feitos os estudos e se entender que dá para aguardar até o início do trabalho legislativo, apresentaremos os projetos”, afirmou Azambuja.
REFORMA
Na prática, os poucos cortes realizados ao longo do ano não impediram o déficit estadual de R$ 337,082 milhões – diferença entre receitas totais de R$ 9,454 bilhões e despesas totais de R$ 9,791 bilhões conforme relatório de execução orçamentária publicado no dia 30 de novembro no Diário Oficial do Estado.
Os gastos com pessoal aumentaram 18,32%, chegando a R$ 5,6 bilhões de janeiro a outubro. No mesmo período – janeiro a outubro – entre 2015 e 2016, a receita recuou 6,89%, influenciando ainda mais o resultado negativo. A situação foi mostrada em reportagem publicada no Correio do Estado no dia 1° de dezembro. A arrecadação de impostos também recuaram 21,39%, caindo de R$ 5,929 bilhões para R$ 4,661 bilhões nos dez meses analisados.