Três Lagoas ou Bataguassu: qual divisa MS-SP é mais movimentada?

Uma das dúvidas frequentes de quem viaja de carro a partir de Mato Grosso do Sul para são Paulo é sobre qual caminho tomar: é melhor ir por Três Lagoas, via BR-262, ou por Bataguassu, na BR-267? Se o volume de tráfego for fator determinante, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) revela que a primeira opção pode ser mais tranquila do que a segunda.

A diferença não chega a ser gritante: algo em torno de 270 veículos a menos por dia, ou tráfego 8% menor na 262 em relação à 267. Para chegar até a primeira cidade paulista, saindo de Campo Grande e usando a BR-267, o trajeto será de 371 quilômetros. Já pela BR-262, a viagem será de 355 km.

Os números sobre o tráfego no trecho constam no PNCT (Plano Nacional de Contagem de Tráfego), disponibilizados semana passada pelo DNIT. De agosto a dezembro de 2015, o VMDm (Volume Médio Diário Mensal) medido no km 15 da BR-262, em Três Lagoas, foi de 3.670, enquanto no km 34 da BR-267, em Bataguassu, em cinco meses de 2015 o volume médio foi de 3.947.

Nos dois trechos foi verificado que o maior tráfego, no período analisado, foram de veículos de passeio, registrando 2.266 na BR-262 e 2.089 na BR-267. Já o menor VMDm foi de motos (5,2) e de caminhão 9 eixos (0,4), respectivamente. Ambos os dados consideram os quilômetros já citados.

Ambas as vias registraram aumento de movimento em dezembro. Na BR-262, houve queda de agosto a novembro, porém no último mês o fluxo subiu em 645; na BR-267, a queda nos quatro primeiros meses foi de 409 VMDm, registrando no último período aumento de 575 VMDm.

BR melhor – De acordo com o diretor presidente da Setlog MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS), Claudio Cavol, os motoristas optam pelo trajeto que passsa por Bataguassu pela qualidade da via.

“Se você for de Campo Grande para São Paulo, Capital, a distância é quase a mesma. Mas a condição das estradas de Nova Alvorada até Bataguassu é melhor do que a de Três Lagoas. A BR- 262 é mais perigosa, sem acostamento ou com acostamento em péssimas condições”, disse.

Cavol comentou que mesmo a praça de pedágio que existe na BR-163 (no trecho entre Campo Grande e Nova Alvorada do Sul, quando então é feito o acesso á 267) não impede que os motoristas optem por ela. “O pedágio não influencia porque é apenas uma praça a mais do que no outro trajeto, e as condições serem melhores do que na outra faz com que o motorista prefira pagar a mais”.