Após acordo PSL-Maia, PT descarta apoio à reeleição do presidente da Câmara e fala em bloco de oposição

presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a aproximação do PSL com Rodrigo Maia (DEM-RJ) “inviabiliza” a participação do seu partido numa articulação para reeleger o presidente da Câmara.

“Impossibilita. Inviabiliza. O PT não vai participar de um processo com o PSL para formar um bloco pró-governo”, declarou ao blog a senadora. Setores do PT advogavam a participação da legenda no bloco de apoio a Maia, como maneira de o partido não ficar isolado na Câmara. “Algumas lideranças nossas conversaram com o Rodrigo Maia. Mas isso se [o apoio à reeleição dele] tivesse um bloco maior, que não fosse governista. Um bloco que fosse independente e que ouvisse a oposição e as minorias.”

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concede entrevista a jornalistas no Salão Verde, em outubro de 2018 — Foto: Fernanda Calgaro/G1

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concede entrevista a jornalistas no Salão Verde, em outubro de 2018 — Foto: Fernanda Calgaro/G1

O futuro deputado federal Marcelo Freixo lançou sua candidatura pelo PSOL, e o PT não descarta o apoio, embora Gleisi diga que é cedo falar em nomes.

Além do PSL – e do PRB, que também fechou apoio a Maia –, o atual presidente da Casa negocia com partidos de esquerda o apoio à sua reeleição. A discussão passa pela ocupação de cargos na Mesa Diretora da Câmara e nas comissões. No caso do partido do presidente Jair Bolsonaro, a negociação prevê a ocupação das presidências da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais poderosa da Casa, e da Comissão de Finanças e Tributação, além da 2ª vice-presidência, responsável, entre outros pontos, pelo ressarcimento das despesas médicas dos deputados.