O líder do Comando Vermelho em Goiás, o traficante Stephan de Souza Vieira, conhecido como BH, disse, nesta segunda-feira (8), que pagou R$ 100 mil para fugir do presídio em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, em novembro do ano passado. BH foi preso em Cabo Frio, onde, segundo a delegada Myrian Vidal, ele e a esposa levavam uma vida de luxo.
A delegada afirmou, nesta segunda-feira (8), que Stephan nega que faz parte da facção criminosa, mas a polícia já tem provas de que ele é um dos líderes do grupo em Goiás. “Ele estava morando em uma cobertura de luxo, em bairro de luxo, com veículo de luxo na garagem, aproximadamente R$ 7 mil em um cofre e tinha passado do dia em Búzios com a esposa”, contou.
O traficante foi preso no domingo (7), em Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, e foi transferido em um voo comercial para Goiânia, no fim da noite. Ele passou a noite na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) e, nesta manhã, foi levado para o Núcleo de Custódia até que, atendendo a determinação da Justiça Federal, seja transferido para uma unidade federal.
BH havia fugido em um carro de luxo da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em novembro do ano passado. A fuga dele gerou o afastamento de três servidores do sistema prisional. Segundo a delegada, apesar do traficante ter revelado o pagamento de R$ 100 mil pela fuga, os responsáveis ainda não foram identificados.
“Nós estamos investigando ainda. Ele afirmou que pagou esta quantia, agora vamos descobrir quem estava envolvido nesta fuga”, afirmou a delegada.
A princípio, havia a suspeita de que Stephan estivesse ligação com as três rebeliões registradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, mas, segundo a corporação, a participação dele, até então, está descartada. O primeiro motim, ocorrido na unidade de onde o traficante fugiu, deixou 9 mortos e 14 feridos.
“Até o presente momento as investigações concluem que não podemos atribuir ao Stephan a ligação com estas rebeliões que ocorreram. Ou seja, não há nada nos autos relacionando as rebeliões ao Stephan. As investigações continuam, várias diligências estão sendo tomadas”, afirmou o delegado.
Além de cumprir pena por homicídio, roubo, porte ilegal de arma e munição de uso restrito, associação criminosa, tráfico de drogas e associação criminosa, BH é investigado, segundo a Polícia Civil, por pelo menos dez homicídios.